quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Voltando após muito, muito, mas muito tempo mesmo!

Olá gente boa (apesar de achar que não tenho mais leitores)! Depois de vários meses de férias volto a postar. Este post vem alimentar meu pobre blog, cruelmente abandonado por minha pessoa.
Sem mais delongas, vou deixando um texto que produzi. Texto este bastante incomum para mim, pois se trata de uma poesia (essa é a segunda que faço na vida, só pra ter ideia). Gostaria que comentassem pois ela faz parte de um momento tenso e marcante da minha vida, ocorrido precisamente na quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009, ou seja, ontem. Curtam:

A história do pequeno garoto abestalhado

Numa sombria madrugada de quarta-feira
Um homem levava consigo sua pequena cria indefesa
Um garoto abestalhado, como todos os outros da mocidade
Beirando os 6, 7 ou até 8 anos de idade.

Vida breve, vida curta
Como um imperceptível sopro na pele de quem já passou por mais de 60 carnavais
Carnavais esses distantes da tola compreensão daquele pequeno ser
Que ia inocente para mais um dia na escola, o recinto do saber
Aprender o bê a ba
Se divertir, estudar, brincar

Mas aquele dia lhe reservava um destino que lhe foi cruel
E num instante, num piscar de olhos
O guri partiria dessa pra melhor

Foi numa avenida muito movimentada
Que o infeliz “se abestalhou-se”
E se arremessou pro perigoso mar
Para nunca mais voltar

Seu pai logo desesperou-se
Quando num ônibus o garoto arrebentou-se
Chocou-se, estatelou-se

O velho homem já não mais compreendia
O problema absurdo no qual nenhum jamais previa
Como é que um garoto tão jovem e bobo
Desse mundo louco assim tão cedo partiria?

A notícia para o velho foi de chocar
Bateu o pé inconformado, quis se retirar
E questionando-se ele então se inquiria
Cadê aquele Deus de tanto amor, justiça e sabedoria?

Não! Não, não, não, não assim não se podia
Quem viu o sofrimento da pobre criatura
Nem mergulhado num grave acesso de loucura
Saberia responder a essa tão triste pergunta

Vítima dos olhares curiosos de uma inútil multidão
O moleque jazia com fortes dores em seu pequeno coração

Abandonado e desprezado pelo próprio pai, já em desespero
Agarrando-se a orações fúteis
Fúteis pois nenhuma daria jeito
Ao triste fim do pobre garoto
Do qual nem Deus lhe deu o devido respeito

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