sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Getúlio Vargas, o presidente de duas caras (parte 4)


1939! Início da Segunda Guerra Mundial. Momento de tensão. O Brasil está indeciso, apoiará que lado? Os aliados (Eua, França, Inglaterra e União Soiética) ou as tropas do eixo (Alemanha, Itália e Japão)? Como já citei na postagem anterior, Getúlio se simpatizava com os ideias nazistas. O Brasil assim se juntaria às tropas do eixo? Não. A coisa estava bem mais complicada. Entre os países que mais negociavam com o Brasil estavam os Eua e a Alemanha, respectivamente. E nós não poderíamos desagradar nenhum dos dois lados. Era, sem dúvida, um grande dilema para a nação.
Vargas já dizia com ênfase: "o Brasil não vai para a Guerra nem que a cobra fume!". Até que, de repente, os americanos forjaram um ataque de submarinos à navios brasileiros para que o Brasil entrasse na Guerra. E o lema do Brasil foi "e a cobra fumou".
E, assim, o Brasil entra na Segunda Guerra Mundial no ano de 1942. O Exército Nacional desmbarcaria junto com as tropas americanas, na cidade de Nápoles, ao sul da Itália. Lá aconteceu um dos aos mais covardes de Getúlio: ele mandou seus soldados para a Guerra com o uniforme cinza (fascista) ao invés de azul. Vários brasileiros foram mortos por seus aliados americanos.
Após o fim da Guerra, em 1945, Vargas decide renunciar pois não cairia bem para uma nação ganhar uma guerra contra o autoritarismo e voltar ao seu lar tendo um presidente autoritário.

Getúlio Vargas, o presidente duas caras (parte 3)




Se você já está um tanto revoltado ao saber o que Getúlio fez no início de seu poder (diminuir a liberdade política com a criação dos interventores do Estado), vai ficar ainda mais indigando ao saber de algumas outors tristes episódios protagonizados pelo ditador populista.
Simpatizante da política dos ultra-direitistas Adolf Hitler e Benito Mussolini, Getúlio aparece nessa primeira foto fazendo a saudação romana (fascista) e, para surpresa de muitos, acompanhado de alguns senhores de batina. Tais senhores eram conhecidos por serem bondosos, mais próximos de Deus, ou puros (hoje são famosos pelos casos de pedofilia, mas esse é outro "podre" que com certeza terá seu lugar nas minhas futuras postagens). E foi como Napoleão Bonaparte dizia, "a religião é uma ótima maneira de manter pessoas comuns quietas", que Vargas estaria cumprindo um dos primeiros mandamentos do populismo, a proximidade com o divino.
Seu aliado, Adolf Hitler, também fazia essa mesma estratégia. A segunda foto mostra o nazista ao lado do Arcebispo Cesare Orsenigo, em 1935. Já em 20 de abril de 1939, Orsenigo celebrou o aniversário de Hitler, uma tradição criada pelo papa Pio XII. O católico Hitler justificava seu anti-semitismo (preconceito para com os judeus)com a seguinte frase: "Acredito hoje que estou agindo de acordo com o Criador Todo-Poderoso. Ao repelir os Judeus estou lutando pelo trabalho do Senhor".
Quem já viu o filme ou leu o livro "Olga" já deve ter uma noção do que Getúlio foi capaz de fazer: separar uma mãe de sua filha recém-nascida. Como era judia, a alemã Olga Benário foi levada aos campos de concentração e morta nas câmaras de gás. Essa crueldade foi feita pelo governo getulista para impedir a revolução marxista de Olga e seu marido Luís Carlos Prestes, que foi preso. Embora já tenha citado, é sempre interessante ressaltar que Prestes veio a apoiar Vargas depois de uns anos.

Obs.: Getúlio Vargas está bem no meio da primeira foto.

sábado, 9 de agosto de 2008

Tirando dúvidas: Mulher Maravilha.




Sobre a minha matéria do "pato Donald nazista", uma das leitoras assíduas do blog, Jéssica Bem (dona do blog "afasta esse cálice", sobre a Ditadura Militar no Brasil), me fez uma pergunta bastante interessante. Veja:

"imagina dar um soco na cara de Hitler ? aai, ia matar a vontade de muita gente !
realmente, eu nunca tinha reparado que as características do Capitão América se encaixavam nos padrões que Hitler defendia :~
-
eei, e a Mulher-Maravilha ? foi criada por quê ? em homenagem às esposas dos combatentes americanos foi ?

:* "

Resposta:

Bem, ela não foi criada em homenagem às esposas dos combatentes. Foi criada durante a Segunda Grande Guerra, também com a finalidade de "lutar contra nazistas".
Na história, ela foi criada a partir de uma imagem de barro pela rainha das amazonas, Hipólita. Essas amzonas, que vivem na Ilha do Paraíso, no Triângulo das Bermudas, têm grande contato com os deuses do Olimpo. A mulher maravilha tem como missão manter a paz e lutar contra Ares, o deus da Guerra.
O momento em que sua história se relaciona com o nazismo é quando se encontra com um piloto americano que se perde no Triângulo das Bermudas e lhe conta sobre a Segunda Guerra Mundial. Há uma parte de sua história em que ela enfrenta a "mulher maravilha nazista", criada por estes.

Getúlio Vargas, o presidente de duas caras - parte 2



O estado de São Paulo estava revoltado. Tudo porque, após sua derrota na eleição, Getúlio Vargas aplicou um golpe, derrubando a Constituição e as assembléias legislativas. Ele também depôs os governadores de estado, substituindo-os por interventores federais até a criação de uma nova Constituição, que parecia não vir nunca. Estamos falando de dois longos anos! E, além da falta de liberdade, São Paulo não aturou o fato de deixar de ser o centro das atenções que era na República café com leite.
Toda essa insatisfação com o governo de "Getulinho" (assim chamado nos jingles da campanha de 1930, em que perdeu para Júlio Prestes, chamado de "Julinho"), provocou o maior conflito armado do século XX. Tal separação, bastante enaltecida por alguns paulistas com esse desejo, poderia e ainda pode prejudicar o resto do país. Só para ver a gravidade da situação, quase 50% do orçamento arrecadado da antiga CPMF, vinha dos bolsos dos paulistas. Ainda podemos ver esse interesse separatista em algumas comunidades orkutianas.
No início do conflito, os paulistas já estavam cantando vitória, diziam que "ganhariam sem nenhum tiro de fuzil". O motivo dessa grande confiança, era o apoio que teriam do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e do Mato Grosso. Mas, como isso não aconteceu, os paulistas recorreram a fuzis que não eram suficientes nas mãos de seus voluntários, que nem sabiam como manejá-los. Desarmados, os coitados recorriam a míseras armas psicológicas, como a matraca que imitava tiros de metralhadora.
O resultado não poderia ser outro: mais de 800 paulistas foram mortos por nada.