sábado, 21 de junho de 2008

Propaganda anti-nazista e sua influência no Brasil!


Minha nossa! O que Donal está fazendo com esse uniforme? Ele parecia um pato tão bonzinho. Se você já estava ficando desesperado por ter um nazista como ídolo, pode ir se acalmando. Durante a II Guerra Mundial, produções artísticas com o nazismo como tema eram muito comuns dos dois lados (um o enaltecia e o outro tinha a função de "esculhambar"). A imagem que vemos de Pato Donald faz parte do melhor curta metragem de 1942. Com aproximados 8 min, The Fuehrer's Face (A Face do Fuehrer) mostra a vida de um nazista (no caso, Donald) com direito a rigidez e a longas jornadas de trabalho. Apesar dos Eua criticarem os nazistas pelas incessantes horas de trabalho para a produção de armas, eles exploravam seus trabalhadores da mesma forma. Se quiser assistir o filme, acesse o link: http://br.youtube.com/watch?v=8wwulYlpKLY

A Disney também elaborou mais uma interessante produção: Education for Death (educação para a morte), que mostra a vida de um nazista desde seu nascimento: como registrar seu nome, os livros que lia, as lições aprendidas na escola, etc. Assita o filme em:
http://br.youtube.com/watch?v=4JkX0EpKMK4

E também temos uma pequena cena, esta com Patolino, um agente do Exército americano que tem o objetivo de dar uma martelada em Hitler:
http://br.youtube.com/watch?v=7jmWpdOTPiQ

Os HQ (Hiatórias em Quadrinhos) também têm boas histórias para contar. A começar pelos super-heróis. Há um que foi criado justamente para combater o nazismo: o Capitão América. Sua primeira aparição realiza o sonho de 10 entre dez crianças americanas da década de 1940: dar um soco em Hitler. O curioso é que o Capitão América tem justamente as mesmas características almejadas pelos nazistas: branco, alto, loiro, etc. Mais detalhes no blog de meu amigo Alexandre Gangorra:

http://profalexandregangorra.blogspot.com/2008/06/capito-amrica-e-segunda-guerra.html

E, para terminar os exemplos de propagandas anti-nazistas, temos o filme estrelado pelo cômico Charles Chaplin, O Grande Ditador. Datado de 1940, o filme só chegou ao Brasil na década de 1980 pois seu conteúdo não foi aceito pelo governo de Getúlio Vargas por ridicularizar um regime no qual ele tento admirava. Será nesse estilo que falarei um pouco sobre o presidente Getúlio Vargas em minha próxima postagem.

Os nazistas também não fogem dessa onda de propagandas, muito pelo contrário, a propaganda era a lama dos nazistas. O Ministro da Propaganda, o "Sr. Goebbles" incentivava produções que discriminassem várias minorias étnicas, principalamente judeus e comunistas, vistos como culpados pelas crises em que a Alemnha havia passado.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Jango, o "monstro" que ameaça a estabilidade da ditadura.


O título acima traduz a visão dos militares sobre esse político.
Vivendo no Uruguai e até articulando uma possível invasão ao Brasil, Jango estava bastante triste só por pensar que morreria sem rever seu país. Um outro motivo que lhe colocara medo seria a perseguição da Operação Condor. Essa operação era uma aliança entre países sul-americanos onde havia ditadura. Tinha oi objetivo de reprimir, fiscalizar exilados e trocar informações. Os países que faziam parte dela eram Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Cerca de 140 pessoas foram envolvidas, das quais 13 eram brasileiras, o ex-presidente João Figueiredo (é isso mesmo! Aquele cara que recebeu a "morgada" da menininha em nossa primeira matéria) estava entre eles.
Vários funcionários de hotéis em que Jango se hospedava corriam quando o mesmo ligava o carro, temendo uma explosão. A questão é: teria sido ele vítima da Operação Condor? O fato dele ameaçar a estabilidade da ditadura pode ter feito o General Ernesto Geisel (foto) encomendar sua morte. Mas, seus três infartos e seu mau hábito de fumar e beber mesmo sem autorização médica dizem outra coisa.
Seu filho, João Vicente, acredita que seu pai foi envenenado ao invés de sofrer atque cardíaco, como alega seu atestado de óbito. Ele até aponta um possível culpado: o presidiário Mário Neira Barreto, 54 anos, detido desde 2003 no Rio Grande do Sul. Este criminoso, preso por assalto a banco e tráfico de armas ^vigiava o ex-presidente, 24 horas por dia, desde 1973 até sua morte.
O presidente deixará muita saudade por ter sido um dos poucos que lutou pelos direitos do trabalhador!

Curiosidades: até os genes estão envolvidos na política!


Além de relações no ambiente político, Jango também tinha intimidade com alguns políticos no "campo sanguíneo".
Quando era Ministro do Trabalho, Jango namorava a irmã de seu aliado Leonel Brizola, Maria Thereza, que tinha apenas 14 anos. E as associações não param por aí! Maria Thereza tinha uma tia casada com um irmão de Getúlio, chamado de Spartaco. Em suma, o parentesco fortalecia ainda mais a aliança entre esses políticos.
Na foto do lado esquerdo vemos o neto de João Goulart, Christopher Goulart, 23 anos, que será candidato a vereador pelo PDT em Porto Alegre nesse ano. No lado direito da foto vemos ele sendo segurado pelo avô que morreu em dezembro de 1976, ano de nascimento de seu neto.

Curiosidades: Frente Ampla.



Mesmo deposto e em exílio, Jango ainda ameaçava a ditadura no Brasil. Uma grande curiosidade que levanto aqui é sobre as voltas que a política dá. O jornalista Carlos Lacerda e o ex-presidente Juscelino Kubitschek (respectivamente, nas fotos) participavam com Jango de um movimento que lutava pela redemocratização do país: a Frente Ampla.
Quando citei as "voltas" dadas na política, estava querendo me referir a situação dessas três personalidades há um tempo atrás. Carlos Lacerda havia sido o responsável indireto pelo suicídio de Getúlio Vargas(o qual comentarei em outras postagens), muito próximo de Jango. Já o fundador de Brasília, Juscelino, declarou ter torcido para que Jango fosse deposto. Estavam juntos pela situação na qual atravessava o país, depois se rivalizariam. Os três morreram entre 1976 e 1977. Coincidência, não?
O mesmo acontece no caso Lula-FHC, durante a ditadura, é possível ver fotos dos dois unidos mas, depois, é cada um do seu lado (ou, como diz a música, cada um no seu quadrado). Hoje em dia, ainda é fácil ver políticos de partidos diferentes se unindo em pelo menos uma causa: aumento salarial! Isso sim, agora quando falamos em erradicação do analfabetismo, reforma agrária, reforma tributária, partidária e judicial, que é bom, acaba sendo deixado como promessa para as próximas eleições.

João Goulart, o presidente do trabalhador!


Foram raros os momentos em que houve alguma preocupação com os pobres (sem ser em ano de eleição) no Brasil e no mundo. E, quando o faz, a pressão estabelecida por uma minoria, a qual lucra com o trabalho pesado feito pela maioria, é enorme.
Lembram-se doi presidente Jãnio Quadros e sua aproximação com países comunistas? Pois bem, quando renunciou, ele deixou o cargo para seu vice João Goulart. Ministro do Trabalho na Era Vargas, Jango (como também era conhecido) estava visitando Deng Xiaoping, segundo líder comunista da China. Essa visita deixava a elite brasileira e o Tio Sam bastante preocupados, não queriam que a Revolução Cubana influenciasse qualquer país latino-americano. Então, militares já planejavam tomar posse do país.
Com o objetivo de limitar o poder de Jango, nosso país se tornou parlamentarista, ou seja, as decisões seriam tomadas por votações entre deputados, Jango só os representaria, um bom exemplo desse regime está na Inglaterra onde o primeiro-ministro Gordon Brown exerce função de caráter representativo.
Nesse momento o país estava a mercê de dois golpes: um alto-golpe (feito por Jango) ou um golpe feito pela oposição. Com o apoio dos militares e da OEA (Organização dos Etados Americanos), Jango foi deposto. O pretexto utilizado pelos golpistas: estavam lutando pela liberdade. Tal liberdade iria torturar e censurar várias pessoas.
Um dos feitos mais polêmicos de João Goulart foi o aumento repentino de 100% para o trabalhador. Várias empresas tiveram prejuízos. Mas uma coisa é certa: uma vez que o patrão lucra de 7 a 10 vezes mais do que seu empregado ganha, qual seria o mal em dobrar o seu salário?

Uma solução para os sem-teto e para os sem-terra!



O humorista americano George Carlin apresentou, de forma engraçada, o que devemos fazer para acabar com o probelma dos sem-teto( http://br.youtube.com/watch?v=ztYJXnT_spM ). O que ele apresentou? A extinção dos campos de golf! Estranho, não? Mas raciocine comigo: existem mais de 17000 campos de golf nos EUA, esse esporte é disputado entre pessoas de alto poder econômico e a área que um campo desses tem é enorme. A questão é: enquanto poucos têm um grande terreno no qual só utilizam para diversões momentânias, existem muitos que não têm onde morar!
É nesse clima que falarei de um presidente brasileiro que tentou mudar isso. Seu projeto de reforma agrária, incluído nas reformas de base, consistia na correta distribuição de terras no país. Essa idéia iria resolver as desigualdades, melhorando a vida de muita gente. Mas iria mexer com os interesses da elite e, como de costume, quem mexe com a minoria poucas vezes sai vitorioso.
Antigo Ministro do Trabalho na Era Vargas, esse presidente foi conhecido por ter perdido seu mandato, foi deposto pela ditadura de 1964. Conheçam João Goulart, o Jango, que, segundo uns, foi o último presidente trabalhista do Brasil!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

1968: o ano que marcou o mundo (parte 4- final)




Terminamos nossa pequena série sobre 1968 com uma pequena análise sobre as juventudes daquele tempo.
Os mais velhos têm, em sua maioria, uma visão negativa sobre a juventude atual. Dizem que os jovens são mal educados e irresponsáveis. Mas, qual era a visão que os pais dos idosos de hoje tinham deles? Negativa também. A sociedade há alguns anos era bem mais conservadora do que é hoje.
A juventude de 1968 era mais politizada do que a geração atual. A idéia sobre as drogas era completamente diferente do que hoje. Acreditava-se mais que tais entorpecentes pudessem libertar as pessoas, enquanto hoje as drogas são vistas como principais destruidoras de vidas de jovens. Em 1968, estava-se atravessando a revolução sexual com a popularização da pílula anticoncepcional. Essa inovação foi arrasada pela AIDS, a qual só pode ser evitada pelo uso do seguro mas desprazeiroso preservativo. Contudo, a tendência é de que os idosos do futuro também tenham uma visão negativa dos jovens que virão.
Se existe algo que nós devemos resgatar de 1968 é a consciência política. E não estamos desinteressados por falta de temas interessantes, temos um que incomoda muitos: a corrupção. é por causa dela que existe miséria, fome, desemprego, falta de saúde, violência, analfabetismo e nossa querida Amazônia fica a mercê de um desmatamento truculento.

1968: o ano que marcou o mundo (parte 3)


1968 também foi um ano muito agitado na política! Nessa postagem, você verá uma comparação entre o que faziam e o que fazem os políticos em 1968 e em 2008.

Vamos começar por Fernando Gabeira, hoje deputado federal pelo PV (Partido Verde), faz parte de uma ferrenha oposição ao governo Lula e defende idéias muito mais conservadoras do que no passado. Só pra se ter uma idéia, ele acreditava na revolução armada como a solução contra a ditadura. Hoje se mostra arrependido pois, devido aos seus inúmeros seqüestros e roubos praticados em prol da redemocratização, não tem o direito de entrar nos EUA. Na opinião dele a revolução armada só fez favorecer o recrudescimento (endurecimento) da ditadura, daí surgem os "anos de chumbo", definição na qual militares detestam que seja citada. É apelidado por alguns de seus adversários na política como o maior ecochato do Brasil.
Ex-membro do PT e braço de ferro do presidente Lula, José Dirceu era líder estudantil e defendia a luta armada. Embora socialista (como o próprio se declara), não apoiou a invasão da Thecoslováquia por tanques soviéticos, resistência ao protesto conhecido como Primavera de Praga, pois crê em um socialismo democrético ao invés de totalitário. Teve seu mandato de deputado federal cassado por envolvimento no escândalo do mensalão.

http://br.youtube.com/watch?v=4VlopEonJP8

O link acima mostra uma parte de um recente programa do Jô, o qual mostra uma acusação do senador do DEM do Rio Grande do Norte, José Agripino, fundamentada no fato de que a "dama de ferro" Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, promessa para sucessora do presidente Lula em 2010 teria mentido durante a ditadura. Ela afirmou que mentir na tortura não é fácil, mas na democracia se fala a verdade. Veja os comentários de Jô no vídeo, garanto que darão boas risadas!


Na foto vemos "Dilminha", assim como chama o presidente Lula. Será que será primeira presidente mulher do Brasil?

A morte de Che e de Willy, um rosto que ficou sem camiseta!



No ano de 1967, ano em que o guerrilheiro Ernesto Guevara foi capturado e executado por bolivianos treinados pela CIA após estar organizando movimentos contra o regime ditatorial na Bolívia. Antes de ser pego, Che havia enfrentado, com seus onze soldados, mais de 50 soldados bolivianos. Como seu exército não tinha preparo para combater um guerrilheiro como ele, a Bolívia contou com treinamento da Agência de Inteligência Americana (CIA).
Guevara teve uma hist´roia fascinante, porém um final horrível. Se ele pudesse tirar alguma das anotações colocadas em seu diário seria a que desconfia de um de seus membros: o boliviano Willy. Estava enganado! Willy ficou ao seu lado até a morte. Quando descobertos, seus corpos foram levados para Cuba.

Na foto vemos Che Guevara sendo capturado.

Gírias revolucionárias



Como havia dito antes, a palavra imperialista é simplesmente um dos piores xingamentos entre comunistas. Chamar um comunista de imperialista (o que Che fez com a União Soviética), é tão perigoso quanto chamar um cosmonauta de astronauta.
E quanto aos cumprimentos? Existe algum? Sim, a palavra camarada. Se acha essa palavra um tanto exótica, na qual será difícil introduzí-la em sua rotina, assista um vídeo sobre a batalha do Stalingrado (duelo entre russos e alemães na Segunda Guerra) ou jogue um pouco de Call of Duty (a palavra "comrade" aparece com freqüência).
Na verdade, a expressão camarada é bem mais antiga que o conceito de socialismo. Ela forma parte dos estereótipos comunistas por ter sido fortemente empregada na URSS. Essa palavra tem seus antecedentes durante a Revolução Francesa, quando foram abolidos os títulos de nobreza dos tratamentos monsier e madame (senhor e senhora), que forma substituídos pela expressão citoyen (cidadão). Um exemplo é que Luís XVI, após ser deposto, era citado como cidadão Luís Capeto.
No Brasil e na América Latina é comum o uso da palavra companheiro no lugar de camarada.
O curioso é que o termo não foi utilizada apenas por esquerdistas. Ele foi usado até por nazistas! Isso mesmo. Na Espanha do General Francisco Franco era comum o uso de tal palavra nos jornais.


Na foto, observamos o símbolo do comunismo: o martelo faz referência aos trabalhadores da indústria enquanto a foice representa os trabalhadores rurais.