sexta-feira, 20 de junho de 2008

Jango, o "monstro" que ameaça a estabilidade da ditadura.


O título acima traduz a visão dos militares sobre esse político.
Vivendo no Uruguai e até articulando uma possível invasão ao Brasil, Jango estava bastante triste só por pensar que morreria sem rever seu país. Um outro motivo que lhe colocara medo seria a perseguição da Operação Condor. Essa operação era uma aliança entre países sul-americanos onde havia ditadura. Tinha oi objetivo de reprimir, fiscalizar exilados e trocar informações. Os países que faziam parte dela eram Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Cerca de 140 pessoas foram envolvidas, das quais 13 eram brasileiras, o ex-presidente João Figueiredo (é isso mesmo! Aquele cara que recebeu a "morgada" da menininha em nossa primeira matéria) estava entre eles.
Vários funcionários de hotéis em que Jango se hospedava corriam quando o mesmo ligava o carro, temendo uma explosão. A questão é: teria sido ele vítima da Operação Condor? O fato dele ameaçar a estabilidade da ditadura pode ter feito o General Ernesto Geisel (foto) encomendar sua morte. Mas, seus três infartos e seu mau hábito de fumar e beber mesmo sem autorização médica dizem outra coisa.
Seu filho, João Vicente, acredita que seu pai foi envenenado ao invés de sofrer atque cardíaco, como alega seu atestado de óbito. Ele até aponta um possível culpado: o presidiário Mário Neira Barreto, 54 anos, detido desde 2003 no Rio Grande do Sul. Este criminoso, preso por assalto a banco e tráfico de armas ^vigiava o ex-presidente, 24 horas por dia, desde 1973 até sua morte.
O presidente deixará muita saudade por ter sido um dos poucos que lutou pelos direitos do trabalhador!

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