sexta-feira, 30 de maio de 2008

Che Guevara vai para Bolívia...


No dia 13 de maio de 1966 chegava em La Paz, Bolívia, nosso guerrilheiro sob o disfarce de um diplomata calvo e barrigudo de 38 anos chamado Adolfo Mena González. Seu passaporte uruguaio mostrava suas passagens por Moscou, Praga, Viena Frankfurt, Paris, Madri e São Paulo. O motivo era simples: Che estava sendo procurado. Como eu disse em postagens anteriores, o Tio Sam (EUA) estava amedrontado com a possibilidade da Revolução Cubana se disseminar pela América Latina, a área em que os Estados Unidos pintavam e bordavam, tudo por causa da doutrina Monroe: "a América para os americanos". Ou seria: "a América para os norte-americanos"?
Após fracassadas tentativas de acabar com o imperialismo na África, Che resolve tentar na Bolívia. Lá começaria a recrutar membros para guerrilha, a maioria deles compostas por agricultores e por soldados enviados por seu amigo Fidel. Guevara tinha uma certa inimizade com o Partido Comunista da Bolívia, pois acusou os soviéticos de imperialistas (pode se acostumar, imperialista é um dos piores xingamentos entre os comunistas) porque não investiram suficientemente em expedições revolucionárias. Nesse ponto, Che teve um leve desentendimento com Fidel, este que era mais pragmático, nem reclamou da URSS e continuou com seu dinheirinho administrando Cuba. Alguns estudiosos dizem que o desentendimento entre essas duas personalidades foi grande. Não acredito nessa hipótese, pois a filha de Che, Aleida Guevara, 45 anos, chama o grande amigo de seu pai de "Titio Fidel"!
Na foto vemos Aleida Guevara dando uma palestra sobre seu pai. Como já citado no blog do Professor Albino( wwww.deantigaacontemporanea.blogspot.com ), apesar de Che não ter sido um pai muito presente, sua filha vive enaltecendo sua pessoa.
Continua...

2 comentários:

afastaessecalice disse...

"Titio Fidel!" oO
é bem difícil de imaginar alguém dizendo isso.

Historiosos disse...

hehehehe! Pois é! Ouvi isso de uma entrevista que Aleida deu à Discovery Channel para um documentário sobre Fidel.